terça-feira, 10 de julho de 2012

Reproduçao


Reprodução:

Quase todo o processo reprodutivo da chinchila passa despercebido para nós. Em geral, um belo dia você acorda e encontra filhotes recém-nascidos na gaiola, algumas vezes até mesmo sem saber que a fêmea estava grávida. No entanto, aí vão algumas dicas para reconhecer os estágios reprodutivos:

Dados Gerais:

A partir dos 6-7 meses de vida, as chinchilas atingem a maturidade sexual e podem começar a procriar. Podem ocorrer de um a dois partos por ano, sendo mais comum apenas um. Podem nascer de 1 a 6 filhotes, embora a média seja de 2 por cria. O cio ocorre em média a cada 28 dias e a gestação dura, também em média, 111 dias.

Cio e Cópula:

Normalmente passa totalmente despercebido. Ocorre em média a cada 28 dias. Em algumas fêmeas pode-se identificar o cio através de um leve inchaço e vermelhidão na vagina. O que pode ser mais perceptível é o comportamento do macho. Quando o macho percebe o cio da fêmea, ele quer acasalar e vai começar a abanar a cauda de um lado para o outro, com um movimento parecido ao dos gatos e vai emitir um som característico. Ele vai correr pela gaiola atrás da fêmea, que poderá, em alguns momentos, irritar-se com o macho. Após a cópula, que pode ocorrer várias vezes, macho e fêmea limpam os genitais. No caso do macho, isso evita a formação de anéis de pêlo, que pode afetar a reprodução e causar outros problemas mais sérios e até mesmo fatais. Na fêmea, após a cópula, pode-se notar a região genital ou partes do pêlo na região mais baixas das costas molhadas.

Em geral é muito difícil comprovar que ocorreu o acasalemento.

Gestação:

Novamente, será difícil notá-la no início. No decorrer dos meses a fêmea vai ganhar pêso, mas mesmo isso poderá ser difícil de notar. Se a fêmea for pequena e houver somente um filhote, provavelmente você não irá perceber. Em fêmeas maiores ou em casos de gestações múltiplas, a gravidez é mais facilmente percebida.

No último mês de gestação pode-se notar que o abdomen da fêmea fica mais rígido e pode-se inclusive sentir os filhotes, apalpando-se a barriga gentilmente (mas evite apalpar). Nos últimos dias que precedem o parto pode-se ver os mamilos mais salientes, para isso é só assoprar os pêlos nas regiões laterais. Também nos últimos dias da gestação a fêmea vai ficar mais quieta, mais sonolenta, procurando dormir mais que o normal, buscando posições mais confortáveis, geralmente de lado. Na verdade, as fêmeas gestantes tendem a dormir de lado cada vez mais conforme a gravidez evolui, mas às vezes você só irá perceber isso nos últimos dias. Vai querer interagir menos com você e com outras chinchilas também. Por volta de um a dois dias antes do parto, a chinchila pode não querer comer muito e também apresentar leve amolecimento das fezes. Não se preocupe, isso é comum e voltará ao normal, mas caso não volte após o parto, dê a ela um pedaço pequeno de maçã por dia até se normalizar.

Se você notar que sua chinchila está grávida, você deverá tomar alguns cuidados para permitir que ela tenha uma gestação saudável. Aumente um pouco sua alimentação, forneça bastante alfafa e um suplemento de cálcio e vitaminas.

Parto:

O parto em geral ocorre nas primeiras horas da manhã. A fêmea entra em trabalho de parto quase sempre durante a madrugada. Se você tiver a oportunidade de presenciar o início do trabalho de parto, vai notar os seguintes sintomas: a fêmea começa fazer barulhinhos que se assemelham a pequenos soluços e apresentará contrações crescentes em intensidade. O macho quase sempre fica rondando a fêmea e ela às vezes o expulsa. Este processo pode levar de 2 a 3 horas, ao longo do qual a fêmea estará constantemente mexendo na vagina. Por este motivo, quando a bolsa estoura, o focinho da fêmea fica molhado.
Quando o filhote já estiver em posição, ela vai puxá-lo com os dentes. Assim que o filhote nasce, a mãe irá secá-lo e acolhê-lo. Se houver um único filhote, em seguida será expelida a placenta, que a fêmea come pois é cheia de nutrientes. Ela vai limpar não só o filhote como também os vestígios de sangue da gaiola, comendo inclusive a serragem onde houver sangue. O macho tentará acasalar novamente logo após o nascimento do primeiro filhote - às vezes, inclusive durante o parto. Se você estiver presenciano o nascimento, fique atento(a) para ver se as investidas do macho não estão irritando demais a fêmea. Se ela aceitar a presença dele sem grandes e violentos protestos, ele poderá ficar na gaiola, pois ajudará conforme os filhotes nascem. Caso contrário, convém retirar o macho da gaiola. A fêmea poderá ficar agressiva com ele e, em casos de partos múltiplos, quando o macho tenta cruzar e um dos filhotes fica no meio do caminho, ele pode ficar agressivo com o filhote. De qualquer forma, mesmo permitindo a presença do macho na gaiola, após o término do parto é indicado separar o casal para evitar um novo acasalamento. Duas gestações em sequência são prejudiciais à saúde da fêmea e dos filhotes.

Fique atento aos filhotes que já nasceram. A fêmea fará o possível para secá-los e aquecê-los, mas enquanto está em trabalho de parto talvez ela não consiga dar atenção a todos. Se os filhotes estiverem aquecidos, não se preocupe. Eles estarão já tentando mamar e vão sempre procurar ficar próximos à mãe. No entanto, se estiver muito frio e você notar que o filhote está sozinho, perdido pela gaiola, coloque-o próximo à mãe para que ele possa se aquecer e se alimentar. Se ele não ficar, talvez você precise segurá-lo para que ele fique aquecido e não morra de frio. Mas atenção, só faça isso em último caso, pois não convém interferir demais, embora entre as chinchilas não seja comum a rejeição de filhotes por manuseio humano. É simplesmente uma questão de deixar a natureza seguir seu próprio curso.

Após o parto, o banho da fêmea precisa ser suspenso por aproximadamente 10 dias para evitar infecções vaginais na mãe e conjuntivite nos filhotes, provocadas pela entrada de grãos de carbonato nos olhos delicados do bebê.

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